terça-feira, 24 de junho de 2008

A CACHAÇA DO TEMPO




A cachaça que domina,
O tempo que escraviza.
O vício que difama.
Entorpece.
A linha tênue da mão.
O gole que demorou no tempo.
A tarde que adormece.
A cabeça que roda.
Por que não corres da raia e andas na linha,
Em equilíbrio torto?
Especula e gasta o tempo
Ao vê-lo passar,
Sem dor perfeita de destruição.
O copo perplexo de boca larga
Espera a outra boca ávida
Cheia de angústia a beijá-lo.
O beijo da vida e da iminente
Morte...

Carlos Vilarinho 24/06/08

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