domingo, 15 de junho de 2008

A IDADE DA VIDA



Toda manhã
Quando nasço.
Fico inquieto,
Preso ao laço
De uma atmosfera juvenil.

Não, não me embaraço,
Somente crio semente ambulante
E tomo espaço.

À tarde, já envelhecido.
Alquebrado e carcomido.
Leio figuras e imagens
Em sonho sonâmbulo
De outros personagens.

À noitinha, de madrugada
Sem dormir e medicado
Sinto-me ontem,
com saudade e já delicado.
Cochilando de olho aberto
À espera de Caronte.



Carlos Vilarinho 10/06/08

Um comentário:

Anônimo disse...

Carlos : é um simbolismo sobre a nossa própria vida..estou já no meu anoitecer..Mas o sol pode nascer de novo,isso é esperança.A poesia é a face da paz,o olhar que vê além das fronteiras..Um abraço, boa semana
touché
http://poetasdeguarulhoseoutrosversos.zip.net